"Nós na batida no embalo da rede, matando a sede na saliva. Ser teu pão, ser tua comida, todo amor que houver nessa vida."
Na maioria dos dias corridos eu te esqueço, mas em alguns dias eu acordo com uma vontade louca de te exibir pra todo o mundo, de te pegar pela mão e olhar o mundo com olhos de Yeah, that's my man!, pra todo o mundo entender porque eu tinha um sorriso bobo no rosto mesmo depois do dia mais obviamente trágico. E porque até hoje o sorriso continua lá.
Mas essa é uma das verdades inconvenientes que não devem ser ditas, é nossa verdade mais perversa, nosso segredo mais sujo, a única pagina do meu livro que não deve ser lida e não vai ser virada.
Tenho vontade de contar todos os seus trejeitos e frases prontas, todas as coisas sérias, fofas e sujas que já pensamos. De contar todas as vezes que sinto seu perfume nas minhas coisas e sinto vontade de ligar, só pra dizer boa noite ou reclamar do meu dia com voz infantil pra te ouvir rir de mim com um carinho na voz que me arrepia. Quem sabe assim, alguém, pelo amor de deus, parasse de me perguntar sobre o brilho nos meus olhos, o calor no coração, a calma quase que desesperadora.
Toda essa vontade só passa quando é subtituida pela tranquilidade de segurar sua mão sutilmente e te mostrar que Yeah, that's my word, que eu pude me conter durante todo esse tempo, me privar, pra não ser privada de você. Daquele beijo na testa e aquele sorriso de boa noite, daquelas coisas sutilmente esquecidas no meu quarto, daquele olhar sutil Yeah, that's my girl, das confissões feitas em meio a afetos, da atenção quase que exagerada, das preocupações, da preocupação em me impressionar, dos cuidados deixados de lado no calor do momento, das verdades ocultadas pra não me magoar. Das dicas de músicas que eu nunca ouviria se não por recomendação, dos convites inesperados pro cinema, da preocupação de me saciar todos os desejos.
Menos esse.
"E ser artista no nosso convívio, pelo inferno e céu de todo dia."
domingo, 13 de dezembro de 2009
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